O título desse texto talvez seja o mais usado em capítulos de livros de auto-ajuda, mas se trata de uma questão intrigante.
O medo é uma sensação latente que necessita de um estopim para se tornar uma sensação deflagradora de efeitos físicos num ser humano. Nos casos mais comuns, o medo causa sudorese, leve dilatação ocular, tremedeira e contração dos músculos faciais. Em casos mais graves, o medo causa desmaios, acidentes cardio-vasculares e crises hemorrágicas.
O termo grego que significa medo é phobia (fobia). É por isso que medos incontroláveis são chamados hoje de fobias (um exemplo do cinema - Aracnophobia, 1990). Aqui, entretanto, desejo escrever algumas linhas sobre o medo corriqueiro, situacional, aquele que se dá no dia-a-dia.
É preciso haver um estopim para que essa modalidade de medo ocorra como dissemos anteriormente. O medo, então, esconde um temor, algo que está lá, mas não é uma preocupação. Assim, o temor é uma espécie de pequeno medo imaginário, uma latência gerada pela capacidade humana de imaginar situações. Obviamente, o temor não causa reações físicas, sua condição perene não implica em males maiores do que aqueles constituídos após assistirmos a um filme.
O medo, em contrapartida, tem um estopim na realidade, mas pode ser alimentado pela imaginação. Nesse caso, o medo torna-se o que conhecemos como terror. O maior exemplo disso é o que houve nos EUA após 11/09...
Mas, e o medo cotidiano? Esta modalidade de medo é mais comum do que se imagina. Segundo, alguns samurais, esse é o tipo de sensação que nos aproxima dos animais, pois se trata de um conjunto de temeridades perceptíveis em qualquer ser que se movimente no planeta. Medo de se arriscar ou meno da morte são exemplos clássicos.
Atualmente, porém, há uma modalidade de medo que assola a população mundial. Trata-se do medo de estar só. Por favor, não vamos confundir com medo de solidão, pois este é gerado por fatores mais profundos e menos imorais.
O medo de estar só, em realidade, não é um medo sem o seu temor correspondente. Ele se fundamenta no temor de pensar sobre a reflexão. As pessoas que sofrem desse medo estão sempre buscando comunicar-se com alguém, pois escondem dentro de si o que elas realmente pensam. Preferem criar um tipo, não muito complexo, o qual passam a viver o resto de sua existência.
Para as pessoas assoladas por este medo, o meu mais humilde passar bem.
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